26 de abril de 2024 - 3:53 PM

Bolsonaro passa bem após cirurgia para retirada de cálculo da bexiga em hospital de SP

 Bolsonaro passa bem após cirurgia para retirada de cálculo da bexiga em hospital de SP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passa bem após ser submetido a uma cirurgia para a retirada de pedra na bexiga, na manhã desta sexta-feira (25), no Hospital Albert Einstein, Zona Sul de São Paulo. A cirurgia durou cerca de 1 hora de 30 minutos, e o cálculo foi totalmente removido, segundo o hospital. Bolsonaro está “clinicamente estável, afebril e sem dor”, ainda de acordo com o Albert Einstein.
Até por volta de 11h40, a assessoria do hospital não havia informado sobre a previsão de alta de Bolsonaro. Pacientes que são submetidos a esse tipo de procedimento costumam ficar internados por até 48 horas.

Segundo boletim médico divulgado pelo hospital após o término da cirurgia, Bolsonaro “foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga”. “O procedimento foi realizado sem intercorrências”, diz o boletim.
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Considerada de baixo risco, a cirurgia precisou de anestesia geral e foi realizada pelo médico urologista Leonardo Borges. Um cardiologista acompanhou o procedimento. Bolsonaro chegou a São Paulo no início da noite desta quinta-feira (24).
Pedra ‘maior que um grão de feijão’
Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada no último dia 1º, Bolsonaro disse que tinha o cálculo havia mais de cinco anos. Segundo o presidente, a pedra estava na bexiga e é maior do que um grão de feijão. A estimativa é que tivesse entre 2,5 e 3 cm.
Médicos urologistas explicam que a pedra na bexiga costuma vir do rim, mas também pode se formar na própria bexiga e pode provocar dores para urinar e, em alguns casos, sangramento.
O urologista George Tormim Borges Júnior diz que é possível o paciente conviver com a pedra na bexiga por muito tempo, mas chega um momento em que ela aumenta de tamanho e passa a incomodar muito.
“Com o passar do tempo, ela, dentro da bexiga, se infecta e vai aumentando o tamanho progressivamente. A gente vê casos que a pessoa passa vários anos com aquele cálculo incomodando pouco. Depois de algum tempo, passa a incomodar mais porque, na hora da micção, ele obstrui a urina sair”, explica.

Bolsonaro diz que vai retirar cálculo alojado há 5 anos na bexiga

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Cirurgias
Desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, em setembro de 2018, Bolsonaro já foi submetido a seis cirurgias – quatro delas relacionadas ao ferimento, além de uma vasectomia feita em janeiro deste ano e a cirurgia para retirar o cálculo renal nesta sexta.
A necessidade da operação desta sexta já havia sido mencionada pelo presidente anteriormente, em setembro.
Veja um resumo dos procedimentos aos quais Bolsonaro foi submetido desde a campanha:
• 6 de setembro de 2018: Bolsonaro leva a facada e faz primeira cirurgia em hospital de Juiz de Fora (MG)
• 12 de setembro de 2018: Em São Paulo, Bolsonaro passa por uma segunda cirurgia para desobstrução do intestino
• 28 de janeiro de 2019: Bolsonaro realiza cirurgia para retirada da bolsa de colostomia colocada após facada
• 8 de setembro de 2019: Para corrigir uma hérnia na cicatriz de uma operação anterior, Bolsonaro é submetido a uma nova cirurgia
• 30 de janeiro de 2020: Bolsonaro é internado em Brasília para exames e faz uma vasectomia, procedimento utilizado por homens que não desejam mais ter filhos; o Planalto não emitiu nota oficial confirmando a operação.
Boletim Médico
Veja a íntegra do boletim médico divulgado nesta sexta-feira:
“São Paulo, 25 de setembro de 2020.
“O Excelentíssimo Presidente da República Jair Bolsonaro foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga. O procedimento foi realizado sem intercorrências, com duração de 01h30 e o cálculo foi totalmente removido. No momento, o paciente encontra-se estável clinicamente, afebril e sem dor.”
Dr. Leandro Echenique, cardiologista
Dr. Leonardo Lima Borges, urologista
Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein
Secretaria Especial de Comunicação Social
Ministério das Comunicações”

Reprodução: G1 SP